Há nas pétalas das flores uma qualidade táctil transcendente, uma daquelas sensações sublimadas que requerem silêncio e solidão
e nos impregnam de uma tristeza boa, de uma tristeza que vale a pena
porque nos ensina a viver alheados do corso em que a vida se tornou
e a morrer indiferentes à absurda possibilidade de qualquer fim.
In O Caçador Esquimó, de Miguel Martins