sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Só o Barbeiro - António Reis

Só o barbeiro
Julga que adormeço

Saboreio 
o tempo

Sigo as bicadas
a desenharem-se no pescoço
a sombra das orelhas

Rio com as cócegas

Vejo
Como na infância
A mão pousando a tesoura em forma de A

Oiço falar de jogos

E adormeço

António Reis, Poemas Quotidianos


________________________________________________________

TEXTO NÃO LITERÁRIO:
IDA AO BARBEIRO
O homem foi cortar o cabelo. Sentou-se. O barbeiro cortou-lhe o cabelo. O homem adormeceu enquanto o barbeiro cortava.

Sem comentários:

Enviar um comentário